A vulnerabilidade social de uma mãe pode colocar riscos à infância de uma criança antes mesmo dela nascer, é um dos casos de quando a situação social compromete a saúde e a alimentação da gestante. Além da fome, uma mãe gravida na adolescência, com risco de hipertensão não controlada, alcoolismo e tabagismo podem ser fatos criticos a vida de um recém-nascido.
E isso, infelizmente, é a realidade de milhares de mães em Pernambuco. De acordo com registros da Secretaria Municipal de Saúde do estado, 8,7% dos nascidos vivos em 2021 no Recife apresentaram baixo peso ao nascer.
Um exemplo é Aline Aparecida da Silva, ex-auxiliar de serviços gerais de 31 anos que não sabe o que é um salário-mínimo desde 2018. Ela está desempregada e mora num barraco de tábua três por três (3 metros x 3 metros) na Ocupação 8 de março, instalada na Zona Sul do Recife. Vem sobrevivendo, com quatro filhas e um bebê que gesta na barriga, amparada por um auxílio de 400 reais (temporariamente elevado no último mês para 600 reais) e mais algumas doações de alimento.
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